Entender o vale-transporte é fundamental para qualquer gestor que busca otimizar o bem-estar de seus colaboradores. Este benefício vai além de uma mera obrigação legal, pois é um elemento-chave para a satisfação e motivação dos funcionários.
Porém, a prática de ofertá-lo em dinheiro pode ser arriscada, abrindo portas para complicações tanto para a empresa quanto para os trabalhadores. A boa notícia é que existem alternativas mais seguras e eficazes, que garantem conformidade legal e tranquilidade.
Interessado em explorar essas opções? Acompanhe este post para descobrir as soluções ideais para implementar o vale-transporte na sua empresa.
O que diz a lei sobre o vale-transporte?
De acordo com a Lei 7.418 de 1985, o vale-transporte é um benefício que o empregador deve fornecer para cobrir os custos de deslocamento do funcionário da residência para o trabalho e vice-versa.
Mas é importante saber que o VT não é parte do salário; é um direito do trabalhador. A lei especifica que o empregador deve antecipar os custos de transporte, mas pode descontar até 6% do salário do empregado para cobrir parte desses custos.
Vamos a um exemplo prático: imagine um empregado que recebe R$3.000,00 por mês. Ele precisa de dois passes de transporte público por dia de trabalho, com uma tarifa de R$3,50 cada. Trabalhando 22 dias no mês, ele usará 44 passes (2 por dia), totalizando R$154,00 (44 passes x R$3,50 cada).
A lei permite que as empresas descontem até 6% do salário básico do empregado para contribuir com o vale-transporte. No nosso exemplo, 6% de R$3.000,00 seria R$180,00. Mas, e aqui está a parte importante, como o custo total do transporte é de R$154,00, é esse o valor que deve ser descontado — e não os R$180,00.
Quem tem direito?
Quando falamos sobre quem tem direito ao vale-transporte, a resposta é bem direta: todos os trabalhadores empregados sob o regime da CLT têm esse direito. Isso inclui funcionários em tempo integral, meio período e até temporários. O importante é que, se alguém está contratado formalmente, o vale-transporte se aplica.
Esse direito é universal para esses trabalhadores, independentemente do cargo ou nível hierárquico. É uma forma de garantir que todos cheguem ao trabalho com segurança e sem um impacto financeiro excessivo.
Como o VT é pago?
O pagamento do vale-transporte pode ser feito de várias maneiras, mas o mais comum é por meio de cartões eletrônicos ou bilhetes de papel. Os cartões são carregados mensalmente com o valor necessário para cobrir as despesas de transporte do funcionário. O importante é que o pagamento seja feito antes do início do período de uso.
Então, o gestor tem a responsabilidade de garantir que esse benefício seja disponibilizado de forma eficiente e no tempo certo para que os colaboradores não enfrentem dificuldades no deslocamento para o trabalho.
Quais os riscos do pagamento do vale-transporte em dinheiro?
Pagar o vale-transporte em dinheiro pode parecer uma solução simples, mas esconde riscos que você, como gestor, precisa conhecer. Embora possa ser tentador optar pela simplicidade do dinheiro, essa prática pode levar a complicações inesperadas.
A seguir, conheça os principais problemas que essa prática pode causar.
Risco legal
A legislação brasileira prevê que o benefício deve ser fornecido de forma que garanta a utilização exclusiva para o transporte do trabalhador. O dinheiro vivo, sem controle específico, abre brechas para questionamentos legais sobre a correta aplicação do benefício. Portanto, é essencial considerar métodos de pagamento que garantam conformidade com a lei e segurança jurídica.
Risco fiscal
Sem registros eletrônicos ou comprovantes específicos, fica difícil para a empresa demonstrar ao Fisco que os valores foram realmente destinados ao transporte dos colaboradores. Isso pode levar a problemas com a Receita Federal, incluindo multas e outras penalidades fiscais.
Portanto, optar por métodos de pagamento que proporcionem um rastreamento claro e transparente é uma maneira segura de evitar esses problemas.
Risco administrativo
Pagar o VT em dinheiro exige um controle manual intensivo, aumentando a carga de trabalho da equipe administrativa. Além disso, sem um sistema automatizado, o risco de erros humanos cresce significativamente. Esses erros podem levar a inconsistências nos registros e dificuldades na hora de auditar os gastos
Risco de fraudes
Sem um sistema de controle eficaz, fica mais fácil para funcionários desonestos declararem despesas de transporte maiores do que as reais ou até mesmo desviar o dinheiro para outros fins. Esse tipo de fraude não só afeta as finanças da empresa, mas também compromete a integridade do programa de benefícios.
Há outra opção para pagar o VT aos colaboradores?
Sim, existe uma alternativa mais segura e eficiente para pagar o vale-transporte: o uso de cartões eletrônicos. Eles são uma solução moderna e prática que elimina muitos dos riscos associados ao pagamento em dinheiro.
Quais as vantagens de pagar o vale-transporte em cartão?
Migrar para o pagamento do vale-transporte em cartão traz uma série de vantagens que podem revolucionar a gestão de benefícios na sua empresa. Além de reduzir riscos, essa opção oferece maior controle e eficiência.
A seguir, confira por que o cartão é uma boa opção.
Controle financeiro mais eficaz
Ao passar a usar o VT em cartão em sua empresa, você ganha visibilidade total sobre os gastos com transporte, permitindo um acompanhamento preciso e em tempo real. Isso facilita o planejamento orçamentário e permite a tomada de decisões financeiras mais informadas.
Além disso, elimina as imprecisões e a necessidade de controles manuais, reduzindo o tempo gasto com a gestão desses recursos. Então, esse método mais moderno e tecnológico simplifica todo o processo, tornando a administração financeira mais ágil e menos sujeita a erros.
Redução de fraudes e desvios
Outra grande vantagem é a diminuição significativa das chances de manipulação indevida dos valores destinados ao transporte dos colaboradores. Com um sistema baseado em cartões, cada transação é registrada digitalmente, facilitando a auditoria e detectando qualquer atividade suspeita rapidamente.
Ainda, há a impossibilidade de uso do benefício para outros fins que não o transporte, que é uma garantia adicional contra o desvio de fundos.
Conformidade com a legislação
De acordo com o artigo 5º do Decreto 95.247/1987, o vale-transporte deve ser fornecido em forma de vales, bilhetes ou similares. O pagamento em dinheiro não está em conformidade com essas diretrizes e, portanto, é considerado uma prática irregular.
Ao optar pelo pagamento em cartão, a empresa assegura que está cumprindo as exigências legais, eliminando o risco de enfrentar problemas legais relacionados à forma como o benefício é disponibilizado aos colaboradores.
Flexibilidade no uso
Com os cartões, os colaboradores têm a liberdade de usar o valor carregado em diferentes modos de transporte público, como ônibus, metrô e trens, dependendo das opções disponíveis em sua cidade. Essa versatilidade é especialmente valiosa em grandes centros urbanos, onde as pessoas frequentemente combinam vários tipos de transporte para chegar ao trabalho.
Maior satisfação dos colaboradores
A transição para o pagamento do vale-transporte em cartão pode aumentar significativamente a satisfação dos colaboradores, pois demonstra o compromisso da empresa com a comodidade e a segurança de sua equipe.
Afinal, os cartões são práticos, seguros e fáceis de usar, oferecendo aos funcionários a liberdade de escolherem como e onde utilizam o seu benefício. Ainda, ao facilitar o uso do VT, a empresa mostra que valoriza o tempo e o bem-estar dos colaboradores.
Isso pode levar a um aumento na motivação e no engajamento, pois os funcionários se sentem mais apreciados e cuidados.
Simplificação da gestão de benefícios
Mudar para o vale-transporte em cartão por meio de um fornecedor de benefícios corporativos, torna tudo mais simples. Afinal, esse método permite um controle mais eficiente, com menos chances de erros, otimizando a gestão de benefícios. Com um fornecedor especializado, você tem acesso a sistemas que automatizam desde o carregamento dos cartões até a análise de seu uso.
Isso economiza tempo e esforço da equipe de RH e oferece dados precisos para controle e relatórios de despesas. Simplificar a gestão de benefícios melhora a operacionalidade interna, a transparência e a eficiência da administração.
Está claro que o vale-transporte é mais do que um simples benefício; é um investimento no bem-estar e na satisfação dos seus colaboradores. Com as opções modernas e seguras disponíveis hoje, como o pagamento em cartão, você pode transformar a maneira como esse benefício é gerenciado, trazendo eficiência e conformidade com a legislação.
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