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A mobilidade urbana é uma das questões mais discutidas na sociedade, devido aos problemas com engarrafamentos e longos períodos no trânsito. O grande volume de veículos nas ruas ainda gera danos ao meio ambiente, além de estresse à população, de modo geral.
Não se trata de uma solução simples, que possa ser alcançada apenas com ações governamentais ou mudança temporária de comportamento. É preciso contar com a colaboração efetiva dos agentes envolvidos, o que inclui também os cidadãos e as empresas.
Afinal, os horários de pico existem justamente por causa dos trabalhadores que se deslocam todos os dias. Logo, a mobilidade corporativa de trajeto entre as residências e os locais de trabalho torna as empresas corresponsáveis.
Neste artigo, você entenderá por que é tão importante que as empresas tomem providências que contribuam para a mobilidade urbana e como implementá-las. Confira!
O que é a mobilidade urbana?
A mobilidade urbana é o conjunto de ações que permitem o deslocamento das pessoas nas cidades, independentemente do motivo. Apesar de parecer algo simples, ela envolve muitos aspectos que vão desde a infraestrutura das vias até a determinação de restrições de tráfego em regiões e horários específicos.
Os problemas com a mobilidade urbana começaram com o crescimento acelerado das cidades. As ruas e avenidas não foram projetadas para suportar o volume de veículos que temos atualmente e, por isso, o trânsito fica cheio, engarrafado e estressante.
Quais os principais problemas de mobilidade existentes?
São muitos os empecilhos que envolvem a mobilidade urbana e acabam comprometendo não só a acessibilidade aos locais, mas o bem-estar da população de modo geral. Listamos os obstáculos mais expressivos!
Falta de planejamento estratégico
As cidades maiores compostas pelas capitais e cidades das regiões metropolitanas estão superlotadas, resultado da migração de pessoas da zona rural. Com a ocupação maciça e rápida das áreas urbanas, o planejamento não conseguiu acompanhar o desenvolvimento das cidades.
Municípios com mais de 20 mil habitantes terão de apresentar um plano de mobilidade urbana entre 2022 e 2023. No entanto, a maioria ainda não conseguiu avançar no planejamento, e isso reflete no coletivo, já que não há soluções que contemplem a população em massa.
Projetos focados nos automóveis
Até o momento, o que foi planejado se concentra nos automóveis, deixando de lado outros meios de transporte que poderiam desafogar o trânsito. Nas capitais, por exemplo, a quantidade de veículos circulando diariamente não abre espaço seguro para a passagem de bikes e motocicletas, por exemplo.
A sinalização e o projeto de ruas e avenidas restringem o uso de veículos automotivos, o que minimiza a diversidade do transporte. A mobilidade urbana fica então comprometida, gerando os intermináveis engarrafamentos e a movimentação inadequada de pedestres que atravessam longe das faixas.
Bicicletas ignoradas
Da restrição de entrada nos trens e metrôs até a falta de ciclovias, as cidades limitam o uso das bicicletas. Seria um meio de transporte ágil, econômico e sustentável, não fosse a falta de priorização em um planejamento diversificado.
Os ciclistas correm riscos diários, sem regras ou faixas de circulação específicas, mas muitos ainda se submetem para cumprir seus horários. Além da negligência estrutural, vários enfrentam a agressividade dos motoristas de carros e ônibus que não concordam em dividir espaço.
Poluição do ambiente
Com um grande volume de veículos nas ruas e avenidas, além da intensa movimentação, é quase impossível fugir da poluição produzida. A emissão do dióxido de carbono e o barulho irritante das buzinas tem por consequência um trânsito caótico e pessoas com a saúde comprometida — há um risco de crescimento das taxas de absenteísmo dentro das empresas.
Infelizmente os mecanismos de mobilidade urbana consomem energia em excesso, intensificando a emissão de poluentes nocivos. Além de provocar a degradação da qualidade do ar, produzem gases que causam as mudanças climáticas a nível global.
Baixa competitividade do transporte coletivo
Outro problema que afeta a mobilidade urbana é que, cada vez mais, os transportes coletivos estão diminuindo em função da baixa competitividade. Como é um meio de transporte caro e deixa a desejar na qualidade, a população recorre a alternativas individualizadas.
Com a redução dos usuários de ônibus, as empresas já não investem nos veículos e não se interessam pelo crescimento do setor. O transporte coletivo concentra um número maior de pessoas e seria uma forma de as pessoas deixarem seus veículos em casa.
Para isso, seria necessário investir em um serviço de qualidade e mais confortável, o que não acontece na atualidade. Nesse cenário, os ônibus continuam competindo com outros transportes, com sua capacidade subutilizada, enquanto as ruas estão superlotadas.
Como a mobilidade urbana afeta as empresas?
Se a mobilidade urbana diz respeito ao deslocamento das pessoas pelas cidades, como ela afeta as empresas? A resposta você confere logo abaixo.
Reduz a qualidade de vida dos colaboradores
Quem precisa enfrentar o trânsito de uma metrópole todos os dias sabe muito bem o quanto isso impacta o bem-estar. São muitas pessoas se deslocando simultaneamente, nas mesmas direções, lotando as principais vias.
O tempo de trajeto aumenta, o que obriga os colaboradores a acordarem mais cedo para não se atrasarem. O transporte público, muitas vezes ineficiente, gasta boa parte da energia do dia já nas primeiras horas. Na volta, mais engarrafamentos e mais tempo desperdiçado, o que poderia ser usado junto à família ou na prática de algum hobby.
Derruba a produtividade dos funcionários
Com uma rotina tão cansativa, é bem mais difícil sair de casa motivado para o trabalho. A criatividade é afetada, e o colaborador tende a se estagnar em sua função. A empresa precisa se esforçar ainda mais para mantê-lo produtivo, oferecendo benefícios e vantagens que superem todo esse desgaste.
Aumenta o índice de absenteísmo
Menos horas de sono, mais estresse e menos tempo para a prática de atividades saudáveis resultam na queda da imunidade e no aumento do absenteísmo. Do ponto de vista da empresa, isso significa que os colaboradores estarão mais suscetíveis a faltar por causa de doenças e tratamentos médicos. São dias nos quais eles estão recebendo seus proventos, mas não estão gerando renda para o negócio.
Como as empresas podem contribuir para melhorar a mobilidade?
Vimos, até aqui, que a mobilidade urbana está relacionada ao uso das vias e dos diferentes meios de transporte. Sendo assim, a dúvida que surge é: como as empresas podem ajudar a melhorar o trânsito das cidades? Ao adotar e estimular novos hábitos, como você poderá ver a seguir.
Promovendo a flexibilidade de horários
Os horários de pico só existem porque a grande maioria das empresas exige que seus colaboradores cumpram o mesmo horário comercial. Contudo, não é todo tipo de negócio que demanda essa rigidez. Atividades administrativas, por exemplo, podem ser realizadas em qualquer horário.
A flexibilidade de horários possibilita que cada pessoa decida o melhor momento de se deslocar dentro de uma faixa permitida. O escalonamento pode ser aplicado nos cargos que demandam mais rigor, tais como os de vendedor, que precisa estar na loja quando ela é aberta.
Adotando uma política de home office
Outra prática que ajuda a reduzir o volume de veículos nas ruas é o home office. Os funcionários não precisam trabalhar todos os dias fora do escritório, mas podem ter certa abertura para ficar em casa uma ou duas vezes na semana. Parece muito pouco, mas se todas as empresas aderirem a essa prática, pense na quantidade de veículos a menos no trânsito.
Incentivando o uso da bicicleta
A mobilidade urbana envolve o uso de diferentes modais de transporte. Entre eles, as bicicletas têm um apelo maior pelo fato de não serem poluentes, ocuparem menos espaço na via e ainda ajudarem na prática de atividade física.
A empresa pode estimular seus profissionais oferecendo um bicicletário, para que eles tenham onde deixar em segurança suas bikes, e vestiários, para que possam se recompor antes de começarem sua jornada.
Além dos benefícios para a mobilidade urbana, o uso da bicicleta ajuda a melhorar a saúde física e mental das pessoas, diminuindo a vulnerabilidade a doenças e os índices de absenteísmo.
Estimulando a prática da carona
O fator mais agravante dos problemas de mobilidade urbana é a quantidade de veículos subutilizados. Carros que poderiam levar 5 pessoas contam apenas com o motorista e ocupam um grande espaço na via. Com tantos cidadãos se deslocando na mesma direção, quantos deles não poderiam estar juntos?
O estímulo da empresa pode vir na forma de um programa de conscientização e, até mesmo, de bonificação para quem oferece e quem utiliza as caronas. Todos acabam obtendo alguma vantagem com iniciativas dessa natureza.
Terceirizando a frota
Por fim, é importante se lembrar também da frota de veículos próprios. Muitas vezes, eles são pouco utilizados e não passam por uma manutenção adequada. Uma empresa parceira, especializada em gestão de frotas, consegue atender às necessidades do negócio com veículos de capacidade adequada e em ótimo estado de conservação.
Diversos dos deslocamentos podem ser compartilhados com outras empresas, reduzindo a quantidade de veículos de cargas nas ruas e proporcionando melhorias imediatas no trânsito das cidades.
A mobilidade urbana é importante para toda a população, órgãos governamentais e empresas. Todos são usuários e afetados por tais problemas e, consequentemente, pelas ações para minimizá-los. Se cada um fizer a sua parte, todos nós ganharemos um trânsito e um mundo melhores.
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