Como fazer uma pesquisa de satisfação de colaboradores eficiente?

Manter um time feliz e engajado é um dos principais desafios de todo RH. Mas como ter esse termômetro com uma pesquisa de satisfação para colaboradores, identificando o que realmente importa, sem cair em formulários genéricos e pouco acionáveis? 

As pesquisas de RH são ferramentas que coletam sugestões, críticas e até desabafos dos colaboradores e, por isso, podem ser desafiadoras. Elas precisam ser planejadas com foco em otimizar processos internos a partir da experiência dessas pessoas, além de uma geradora de bons insights para a empresa.

Vamos te ajudar a construir uma pesquisa que realmente funcione e ajude a impulsionar melhorias concretas na gestão de pessoas. Aproveite a leitura!

Defina um objetivo para a pesquisa (mas não tente abraçar o mundo)

Um erro muito comum na hora de elaborar uma pesquisa de satisfação é querer medir tudo ao mesmo tempo ou identificar mais de um problema da companhia. O resultado são respostas superficiais e pouco úteis, já que nem sempre as perguntas foram feitas de maneira estratégica. 

Por isso, ao criar seu formulário, reflita:

• O objetivo é entender a percepção do time sobre os benefícios oferecidos ou o nível de satisfação com a empresa escolhida?
• A ideia é medir o nível de engajamento ou a satisfação com a liderança?
• O foco é avaliar o clima organizacional?

Cada pesquisa deve ter um propósito bem definido. Isso evita questionários longos e cansativos, aumentando a taxa de resposta e garantindo dados mais precisos e fidedignos.

Tenha estratégia ao fazer as perguntas e evitar vieses

Se a meta da pesquisa com colaboradores é coletar feedbacks sinceros, as perguntas precisam ser bem estruturadas, escritas de forma clara e concisa. Algumas dicas:

Use perguntas diretas e que não deem margem para respostas como “sim” e “não”

Exemplo: em vez de “Você está satisfeito (a) com os benefícios oferecidos pela empresa?”, prefira “Como você avalia os benefícios oferecidos pela empresa?” com uma escala de resposta, seguida de espaço para complementos.

Inclua perguntas abertas

Elas ajudam a captar percepções que números não conseguem sozinhos. Exemplo: “O que você mudaria no pacote de benefícios oferecido hoje?” ou “Como você avalia a gestão da sua liderança direta? Por que?”.

Evite perguntas que induzem respostas

Perguntas como “Você está satisfeito com a empresa?” não ajudam na construção da sua pesquisa de satisfação interna, e sugerem respostas com vieses positivos. Opte por: “Como você tem se sentido em relação ao seu trabalho atualmente?”.

Garanta a confidencialidade e o melhor formato

Pesquisas anônimas tendem a gerar respostas mais honestas, principalmente em temas sensíveis como clima, cultura ou satisfação com lideranças. Essa é uma boa pedida para esse tipo de análise.

Porém, se a enquete for sobre benefícios corporativos, pode ser interessante mapear apenas por setores ou níveis de cargos para entender melhor os resultados.

Dependendo do objetivo da pesquisa, nem sempre um formulário online será a melhor opção. Para determinados temas, como após demissões, entrevistas individuais ou grupos podem gerar insights mais profundos.

Aproveite o timing certo

Uma pesquisa para colaboradores precisa ser realizada no momento certo. Aplicá-la logo após uma mudança significativa na empresa, como a implementação de um novo benefício ou projeto, pode gerar feedbacks mais relevantes.

Por fim, é importante apurar rapidamente os dados e transformar em ações concretas. Bons líderes de RH sabem que de nada adianta coletar feedbacks dos colaboradores se eles não forem analisados em tempo hábil e aplicados em busca de melhorias. 

Após a sua pesquisa de satisfação para colaboradores, estruture um plano de ação e comunique aos funcionários os próximos passos de maneira clara e acessível a todos. Isso evita ruídos e que o RH tenha fama de um setor ineficiente.

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